domingo, 22 de maio de 2016

Adeus, Cauby!


Cauby: eterno
A maior voz do Brasil se calou! Fecham-se as cortinas, cessam-se as palmas, entristecem as mulheres, choram os homens. As gargantas eclodem naquela vontade desesperada de chorar. Feliz daquele que pôde conhecer a obra fenomenal de Cauby Peixoto. Feliz daquele que pôde ouvi-lo cantar suas maiores canções. Feliz daquele que soube que foi feliz por vê-lo apenas falar. Cauby era mais que um cantor, era maior que sua própria vida, maior que sua própria personalidade. Era culto, refinado, ímpar. Era Cauby. O Cauby da Conceição, o Cauby da Ângela, o Cauby da Maria. Mas era também o Cauby do José, do Pedro e do Severino. Era o nosso Cauby. O Cauby que para algumas pessoas desse século puderam respeitar,admirar e ouvir. A juventude digital deu ao cantor toda a sua glória, todo o seu glamour, todo o seu prestígio. Cauby era admirado por todos e mesmo não sendo um cantor que vendesse milhares de discos nas últimas décadas, era reconhecido como o cantor das melhores vozes deste país. Morreu Cauby. O último cantor do Brasil que era romântico, fiel às suas origens, disciplinado com seus músicos, respeitado pelas crianças, adorado pelas avós, inquieto com suas fãs e com a juventude por querer mostrar-lhes e ensinar-lhes aquilo que viveram décadas atrás. Cauby Peixoto era o último grande cantor dos teatros de revista, dos palcos com gliter, dos ternos coloridos, das perucas diversas. Morreu Cauby, mas não sua essência. Seu brilho continuará e sua voz não se calará porque Cauby é eterno. E ele há de estar nos olhando lá de cima dizendo cantei, cantei, nem sei como eu cantava assim...

 

Simplesmente Cauby!
Por Marcelo Teixeira

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